O boom passou, e agora?
O e-commerce brasileiro experimentou um crescimento expressivo nos últimos anos, impulsionado por mudanças no comportamento do consumidor e avanços tecnológicos. No entanto, esse crescimento não garantiu sucesso para todos. O cenário atual é mais competitivo, os custos aumentaram e os desafios se multiplicaram.
Como pequenas e médias empresas podem não apenas sobreviver, mas crescer nesse ambiente? É isso que este artigo busca responder.
O e-commerce no Brasil cresceu, mas nem todos lucraram com isso
Segundo a NielsenIQ Ebit, o e-commerce no Brasil cresceu 17% no último ano. Ainda assim, a margem de lucro das pequenas empresas caiu. O crescimento foi real, mas nem todos colheram os frutos.
As razões são diversas, por exemplo:
- O custo de aquisição de clientes aumentou, pois o CPC no Google Ads subiu cerca de 20% em 2024, segundo a Semrush.
- Os consumidores ficaram mais exigentes, tanto que dados da ABComm mostram que 60% abandonam o carrinho por causa do frete.
- Os marketplaces ganharam espaço, já que plataformas como Shopee e Mercado Livre passaram a dominar o jogo, dificultando a vida de quem tenta vender sozinho.
Desafios que poucos mencionam, e como pequenas empresas podem superá-los
Frete como obstáculo
Enquanto grandes redes conseguem negociar tarifas melhores, pequenos negócios enfrentam custos altos e prazos longos. No Brasil, a entrega costuma levar de 5 a 7 dias úteis, bem acima dos 2 dias praticados nos Estados Unidos.
Investir em centros de distribuição regionais ou pontos de retirada pode reduzir o tempo e o custo da entrega.
SEO como diferencial competitivo
Com o tráfego pago cada vez mais caro, lojas que dependem só de anúncios enfrentam dificuldades. Entretanto, cerca de 60% das compras online começam com uma busca no Google (fonte: Think With Google).
Ao produzir conteúdo útil e otimizado para mecanismos de busca, sua loja pode atrair visitas recorrentes e reduzir gastos com mídia paga.
Marketplaces como aliados
Em vez de lutar contra grandes plataformas, é possível usá-las de forma estratégica. Vender em marketplaces pode servir para testar produtos, ganhar visibilidade e até mesmo direcionar clientes para o seu canal próprio com ações de fidelização, como brindes ou atendimento exclusivo.
O futuro do e-commerce no Brasil: o que esperar e como se preparar
Personalização será essencial
A personalização vai além do nome no e-mail. Lojas que entenderem o comportamento de seus clientes e, com base nisso, oferecerem recomendações personalizadas tendem a converter mais.
Entrega ultrarrápida será o novo padrão
As expectativas do consumidor mudaram, de modo que quem entrega rápido vende mais. Parcerias regionais bem como estruturas logísticas menores, como dark stores, devem ganhar força.
O social commerce vai crescer
As vendas por WhatsApp, TikTok e Instagram continuam em alta. Segundo a Nuvemshop, lojas que oferecem checkout direto via redes sociais podem converter até 40% mais, especialmente quando o processo é fluido e sem fricções.
Integrar redes sociais ao processo de venda é mais do que tendência, é diferencial.
Casos de sucesso no e-commerce no Brasil
Compra Agora
A plataforma B2B Compra Agora, que conecta pequenas e médias empresas a grandes fabricantes, alcançou 520 mil CNPJs cadastrados e faturou R$ 5,2 bilhões em 2024. Além disso, as vendas por WhatsApp cresceram 224% após a Black Friday (fonte).
Secret Outlet
Com foco em roupas masculinas premium, a Secret Outlet apostou no e-commerce para escalar sua operação. Hoje, soma mais de 500 mil clientes ativos e, após a aquisição da Adamanto Store, projeta um faturamento de R$ 150 milhões em 2025 (fonte).
Printi
A Printi é referência no segmento de impressão online. Com investimento em inteligência artificial e reestruturação dos processos, a empresa alcançou faturamento de R$ 200 milhões em 2024.
O e-commerce no Brasil mudou, e seu negócio também precisa mudar
O cenário não é mais o mesmo. Estratégias antigas já não bastam. Marcas que investem em dados, SEO, logística e experiência têm mais chances de crescer com consistência. Entrar no digital não é mais uma opção, é uma questão de sobrevivência.
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